Quando a nuvem resolveu participar da reunião de equipe
A manhã parecia comum até que uma nuvem resolveu entrar na sala de reunião. Não pela janela, mas diretamente pelo link da videoconferência. Pairava sobre a mesa, soltando pingos leves, e pedia a palavra sempre que queria sugerir métricas mais fluidas de engajamento. O gerente, surpreso, decidiu tratá-la com naturalidade e anotou na ata: “chuva fina como proposta de inovação”. Ninguém questionou, afinal, era difícil argumentar contra algo que literalmente pairava sobre a cabeça de todos.
Conforme a conversa avançava, a nuvem apresentou gráficos de vapor, trouxe comparações com movimentos atmosféricos e insistiu que os prazos deveriam ser flexíveis como correntes de ar. Os funcionários, inicialmente confusos, começaram a achar a ideia refrescante. Descobriram que a presença da nuvem diminuía a tensão, como se a leve umidade no ar fosse capaz de dissolver conflitos acumulados. O ambiente se tornava mais leve, mais respirável, quase como uma terapia coletiva.
No final da reunião, ficou decidido que todas as próximas estratégias da empresa seriam validadas não por indicadores fixos, mas pela “sensação atmosférica” do grupo. A nuvem agradeceu com um trovão discreto e se retirou pela janela. Desde então, sempre que o time se sente sobrecarregado, alguém pergunta: “Será que não podemos convidar a nuvem de volta?”