A conferência internacional das cadeiras vazias
Na conferência internacional sobre sustentabilidade, os organizadores decidiram inovar: em vez de reunir líderes políticos, preencheram o auditório apenas com cadeiras vazias. A ideia era simbólica, mostrar que muitas vezes os debates acontecem sem ouvintes reais. Mas o inesperado aconteceu: as cadeiras começaram a se mover sozinhas. Formaram círculos, semicírculos e até uma fileira improvisada, como se discutissem silenciosamente entre si. Alguns jornalistas registraram a cena, e o fenômeno viralizou como “o debate mais produtivo dos últimos anos”.
Pesquisadores que acompanharam o evento garantem que houve até gestos de concordância. Quando um painel sobre energias renováveis foi projetado no telão, algumas cadeiras se inclinaram para frente, como se quisessem ouvir melhor. Outras balançaram para trás quando se falou de poluição, como em um protesto silencioso. Ninguém conseguiu explicar o fenômeno, mas todos concordaram que a imagem era mais poderosa do que qualquer discurso humano.
O relatório final foi sucinto: “As cadeiras vazias demonstraram mais cooperação e abertura ao diálogo do que muitas delegações oficiais”. Para o próximo ano, já está decidido: incluir mesas, bancos e até pufes, garantindo que todo o mobiliário tenha voz no debate global.
